sábado, 6 de fevereiro de 2010

Recortes

Mary Shelley criou a receita! Você pega o braço de um, junta com a cabeça de outro, e tcham, tcham, tcham, tchaaaaam! É bem provável que ao destacar partes dos textos selecionados eu esteja na verdade criando um conteúdo novo, diferente das intenções originais dos verdadeiros autores, ou não...

Esta postagem pode muito bem ser a desculpa perfeita para direcioná-los para leituras mais interessantes, ou então eu talvez esteja tramando secretamente subverter as idéias dos outros para meus propósitos pessoais... ;)

Seja como for, espero que apreciem os recortes, reflitam, e então se aprofundem nos links sugeridos. Não fiquem apenas por aí... busquem sempre por algo mais!

1 - Manifesto Quartomundista
Escrito por ??? – coletivo quartomundista?
http://www.4mundo.com/categoria/artigos
“Em qualquer mercado de quadrinhos no mundo (e não só o de quadrinhos, mas qualquer mercado cultural) existe uma sinergia entre o chamado mercado alternativo-underground e o mercado principal-mainstream. Um se alimenta do outro da seguinte maneira. No mercado alternativo é onde em geral acontece as experimentações, e por conseguinte, as evoluções da técnica e da linguagem artística. O mercado mainstream por sua vez populariza essas inovações artísticas, renovando o mercado como um todo, elevando ele para um outro nível de qualidade até se estabilizar e se acomodar, provocando desta maneira uma nova série de experimentações no mercado alternativo. Assim sendo, o mercado alternativo de hoje tende a se transformar no mercado mainstream de amanhã que por sua vez forçará a criação de um novo mercado alternativo. Esse ciclo é extremamente benéfico e vitalizante para o mercado como um todo, pois é justamente o que o mantém sempre forte e contínuo.”

“Essa lei dos 90% de produção medíocre para os 10% de produção genial, apesar de se tratar de um pensamento hiperbólico, pode ser aplicada a qualquer mercado cultural, o que inclui os quadrinhos. Em geral, o que chega ao Brasil é apenas a nata da produção mundial, então não percebemos a quantidade de títulos medíocres que todo e qualquer mercado de quadrinhos possuí, seja o o norte-americano, o europeu, o japonês, etc. E não seria diferente com um possível mercado de quadrinhos brasileiro.”

2 - O que a crítica poderia fazer pelo Quadrinho nacional?
Escrito por Gonçalo Junior
http://www.bigorna.net/index.php?secao=guerradosgibis&id=1263224708
“Por que ninguém destaca o valor ou o potencial de um ou outro autor novato enfiado numa daquelas dezenas de revistas (refere-se ao Quartomundo)? Por que alguém não escreve que Có, de Gustavo Duarte, é genial? Ele vai precisar ganhar um prêmio Internacional ou entrar numa panelinha para que isso aconteça?”

3 - Brasileiros brilhando nas noites escuras dos Quadrinhos
Escrito por Gabriel Bá
http://10paezinhos.blog.uol.com.br/arch2009-12-01_2009-12-31.html
“Temos que respeitar mais a nossa profissão, o trabalho do Quadrinhista, o profissionalismo, a qualidade e o aprimoramento técnico. Os Quadrinhistas precisam se levar mais a sério, elevar os seus padrões de cobrança, seus níveis de exigência em relação ao trabalho.”

4 - EARLY WORKS – 1999
Escrito por R. Grampá
http://furrywater.wordpress.com/2009/02/05/early-works-1999/
“Também me preocupo com dinheiro, mas quero fazer algo de verdade nos quadrinhos, algo que seja verdadeiro pra mim ao invés de encher linguíça por algumas platas.”

“Eu amo quadrinhos, acho a forma de arte, a mídia mais foda que existe, mais ilimitada e rica. Não consigo encarar HQ apenas como uma maneira de fazer dinheiro. Não precisa ser assim e não deve ser assim.”

5 - A resposta do Grupo Abril aos elos fracos da corrente
Escrito por Montalvo
http://montalvomachado.com.br/blog/?p=2629
“Não é novidade para ninguém que as mega-editoras pagam valores cada vez menores, rompendo há muitos anos a linha do “preço baixo”, chegando ao nível da chacota.”

“A culpa é de quem aceita o estupro financeiro com um sorriso ridículo pregado na boca, trocando trabalho (outrora valioso e lucrativo) pela “vitrine” que a editora oferece, na esperança infantil que um dia será visto por alguém importante, generoso e paternalista, que pagará finalmente o que vale ao coitadinho do mendigo colaborador.”

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